Blog da Dulce Melo

Este é um espaço onde Dulce Melo aborda todas as suas críticas ao que enxerga de errado no sistema.

sábado, 14 de março de 2020

Querem engessar o Ministério Público? Muito estranho.


A quem interessa?

Soube da morte da minha mãe enquanto acompanhava uma assembleia de membros do Ministério Público do Estado de Alagoas, no dia 11 de março, no auditório do prédio-sede da instituição, no bairro do Poço, em Maceió. Indignação estampada nas faces, declarações inflamadas, senhoras e senhores defensores da cidadania, que compram guerra para assegurar os direitos da sociedade, preparando-se para uma guerra em defesa de suas atividades, desempenhadas com dignidade, competência e até risco de morte. Eles querem combater a falta de respeito e a imoralidade arquitetadas na Assembleia Legislativa que, na ‘calada da noite’ decidiu que o povo tem de ficar à mercê dos crimes de improbidade administrativa (praticados por políticos), do crime de sonegação fiscal (praticado por empresários, contadores, em coluio com fiscais de renda) e das organizações criminosas.


Os REPRESENTANTES DO POVO, assim se apresentam os deputados em seus farsantes discursos, DECIDIRAM que prefeitos podem e devem desviar recursos públicos da Educação, Saúde, Segurança, Assistência Social, SIM. ELES TAMBÉM DECIDIRAM QUE o Ministério Público NÃO DEVE COMBATER O CRIME ORGANIZADO e, para tudo isso, QUEREM a extinção do GAECO, que antes era o GECOC. Lembram dele?


Explicarei melhor. Sabem aqueles recursos federais designados para a merenda e transporte escolar, para benfeitorias nas escolas, aqueles para abastecer postos de saúde, hospitais, o dinheiro para promover ações sociais nas comunidades, para investir na segurança pública das cidades com iluminação adequada, promoção de esporte e lazer? Pois bem, os deputados votaram para que os gestores possam PASSAR O RODO neles sem serem investigados, identificados e presos. POR ISSO QUEREM ACABAR COM O GAECO, antigo GECOC.



Os ‘detentores do poder’ determinaram também que, enquanto nós, pobres cidadãos, temos de pagar nossos impostos até no pão que comemos, os donos de estabelecimentos comerciais, os empresários, DEVEM TER passagem livre nos postos fiscais com seus contrabandos em todos os tipos de produtos que nos vendem: alimentos, remédios, eletroeletrônicos, carros entre outros.



É preciso entender a loucura que invadiu a Casa de Tavares Bastos e assassinou a cidadania, sem se preocupar com as consequências na vida das pessoas, principalmente as mais carentes que não vão mais poder contar, caso o surto dos deputados não seja curado, com os promotores DE JUSTIÇA que com suas ações procuram diariamente combater todo tipo de descaramento que culmina em DESRESPEITO á sociedade alagoana.



Entendo agora, mais do que nunca, o grande intelectual dos últimos tempos, José Saramago’, que em seu Ensaio sobre a Cegueira’ diz que: “A pior cegueira é a mental, que faz com que não reconheçamos o que temos pela frente”.

Como mulher, devo enaltecer a deputada, Jó Pereira, que demonstrou equilíbrio, sensatez e compromisso com a verdade e a justiça, sendo a única a votar contrariamente a essa decisão coletiva e entojável. E concluo com a frase da espetacular médica psiquiatra, alagoana, respeitada no mundo, Nise da Silveira, estudiosa e conhecedora de todos os tipos de distúrbios.

“A contaminação psíquica é pior que piolho. Vai passando de uma cabeça para outra, numa rapidez incrível. E, como você sabe, todo mundo já pegou piolho.”

QUE A SOCIEDADE ALAGOANA SE MANIFESTE E COBRE DOS SEUS REPRESENTANTES COMPROMISSO COM A ÉTICA E A MORAL.

Aos membros do Ministério Público, reintero o meu respeito de antes, de agora e que continuará para sempre dentro ou fora da instituição.

Dulce Melo

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Dulce Melo é Pernambucana, de Garanhuns. Atua como jornalista há 11 anos e é fascinada por leitura, assim como pela arte de escrever. Ama desenvolver não somente textos jornalísticos, mas artigos, poemas. É autora do livro: ‘“Clécio, o Halley” em homenagem ao ex-jogador de futebol Clécio Henrique encontrado morto num hotel em Arapiraca. Além disso, é autora do livro de poemas "RAZÃO". Possui dois livros sendo terminados: ‘Mulheres: podemos tudo após os 40’ e ‘Entre sirenes e rabecões’.

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