O POLICIAL TEM QUE MORRER PARA NÃO SER "ASSASSINO"? PERAÍ.

Sepultamento do amigo sargento Borges
Cada um exprime o que acha pertinente e cada qual, também, defende o que adota como ideologia presumindo-se que abraça verdadeiramente uma causa. Porém, hipoteticamente falando, há quem se apegue a interesses outros e se utilize de espaços e argumentos como investimentos para posteriores benefícios próprios. Políticos, profissionais quem sabe. Há também quem esperneia por falta deles, após muitas investidas.

Já que batem tanto na mesma tecla, sigo o mesmo ritmo. O assunto remastigado ( e por que será¿) são os confrontos policiais com mortes. E abro um parêntese, antes de continuar o raciocínio, graças a Deus mortes dos criminosos. Deparamo-nos com a mesma polêmica criada, as mesmas indagações, matérias repetitivas, sem novidades, apenas provocativas e contrargumentadas com muita nitidez.

A preocupação com o tombamento de 40 pessoas (assaltantes de banco, traficantes, homicidas) não foge aos Direitos, mas, teriam os direitos reconhecidos com o mesmo nível de cobranças e acusações as centenas de famílias com pais, filhos, tios, avós,sobrinhos, esposos, esposas vitimados por eles¿ Meus amigos sargentos Borges (morto em julho de 2013 num coletivo), Barbosa (morto em setembro de 2013), o cabo Teotônio (morto em novembro passado dentro de um coletivo), sargento Monte (morto em julho do ano passado trabalhando). Ao que me lembre nenhum familiar foi acalantado pelos mesmos defensores e estes jamais acionaram a mídia para questionar a violência contra os protetores da sociedade alagoana, os policiais. Acredito que também será assim com Dietmarx, Ubaldo e Carlos Alfredo.

“Peraí” mais de 600 pessoas foram presas em flagrante este ano e bem recentemente, na semana passada, em 24 horas, mais de 20 levadas para atrás das grades por diversos crimes como resultado da integração das forças policiais. Uma polícia exterminadora prenderia tanta gente assim¿ As superlotações nos presídios também revelam o contrário do que pregam em desfavor dos agentes da segurança pública,

De onde vêm os aplausos para isso ¿ O certo é dizer que há uma inversão de valores se apossando de consciências¿

Que sejam reinvertidas tais consciências,

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Blog da Dulce Melo

Dulce Melo é Pernambucana, de Garanhuns. Atua como jornalista há 11 anos e é fascinada por leitura, assim como pela arte de escrever. Ama desenvolver não somente textos jornalísticos, mas artigos, poemas. É autora do livro: ‘“Clécio, o Halley” em homenagem ao ex-jogador de futebol Clécio Henrique encontrado morto num hotel em Arapiraca. Além disso, é autora do livro de poemas "RAZÃO". Possui dois livros sendo terminados: ‘Mulheres: podemos tudo após os 40’ e ‘Entre sirenes e rabecões’.